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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O TERREIRO, O UMBANDISTA E SUA ÉTICA






O umbandista possui uma casa que lhe serve de unidade de trabalho e aconchego de sua própria alma. Esta casa é chamada carinhosamente de terreiro.

O terreiro umbandista é o reflexo da qualidade inerente a toda e qualquer prática umbandista, ou seja, a humildade. A nenhum terreiro umbandista é dado o direito de ostentar a luxuosidade, de transparecer a soberba e tampouco a demonstrar a avareza. O terreiro de Umbanda deve ser limpo, deve ser harmonioso e deve refletir, em sua estrutura e em seu trabalho mediúnico, o íntimo daquela comunidade religiosa, o íntimo daquela corrente mediúnica.

Fazemos aquilo que nosso trabalho caritativo nos permite fazer para manter as instalações de nossos templos condizentes com a nossa ética e com a grandeza de nosso trabalho. O terreiro umbandista goza dos mesmos direitos e obrigações que qualquer outro templo religioso possui, seja uma igreja católica ou uma mesquita muçulmana.

É composto por uma comunidade religiosa organizada nos ditames de uma instituição basilar de nossa sociedade, a família. Os médiuns da corrente são os filhos de santo e seus dirigentes espirituais sãos seus pais e suas mães de santo. Os cuidados com os filhos de santo não são diferentes com os cuidados que um pai e uma mãe tem com seus filhos carnais. Os laços estabelecidos em uma corrente mediúnica são os laços de uma verdadeira irmandade. São conceitos que devem estar no coração de cada umbandista. Caso contrário, o templo de Deus, o terreiro de Olorum estará edificado em base movediça e cairá a qualquer momento. Sem base sólida não há estrutura que se mantenha em pé, seja esta estrutura um ser vivo ou uma edificação de areia e pedras.

Esta casa de santo, o terreiro, recebe a comunidade de seu entorno de forma regular para que, incorporados ou não, seus médiuns prestem o atendimento caritativo necessário e obrigatório impostos pela Lei de Umbanda. Disse o nosso herói fundador, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, que a Umbanda é a manifestação do espírito para a prática da caridade. Caridade esta que é prestada aos necessitados sem nenhuma distinção e sem cobrança de ordem monetária. Aqui está o fundamento que traz a razão de existir da religião Umbanda, o atendimento aos necessitados, pois aquilo que recebeste gratuitamente da espiritualidade gratuitamente será dado àqueles que a espiritualidade lhes encaminhar. Eis a razão da Umbanda. Eis a razão das Linhas de Trabalho de Umbanda existirem.
Diga-me com quem anda e eu te direi quem és. Se você anda ao lado de um umbandista encontrará estes deveres e estas seguintes qualidades.

O umbandista é um religioso por sua própria definição. Deve adorar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, pois, a Umbanda, possui a tradição e ética cristã como assim possui o nosso país. O umbandista deve preservar a morada primária dos Orixás com todas as suas forças. De nada nos serve um rio poluído. Nenhuma força espiritual possui uma cachoeira depredada. De nada nos serve um planeta sem verde, um planeta sem matas, um planeta sem florestas. O umbandista deve preservar a fauna e a flora. Não teria sentido ser de outra forma. Não há razão para agirmos de forma diferente.

A conduta do umbandista deve ser sincera, honesta e desprovida de preconceitos, pois do preconceito de uma mesa kardecista surgiu a nossa religião. Devemos seguir a máxima umbandista que diz:
“A todos os espíritos acolheremos. Com aqueles que sabem mais aprenderemos e aqueles que sabem menos serão ensinados”.

A retidão de conduta, a manutenção de seu nome e a honradez de seu terreiro devem ser preservados por meio das atitudes dos médiuns e de seus dirigentes espirituais. Todos possuímos defeitos e sabemos que perfeitos nunca fomos. Se fossemos perfeitos não estaríamos aqui aprendendo com aqueles que sabem mais e ensinando aqueles que sabem menos.

O umbandista deve preservar as tradições de sua própria religião e de sua escola de Umbanda. Deve respeitar a hierarquia de seu terreiro e de sua raiz umbandista. A ordem gera condições para que a humanidade progrida.

O umbandista deve ser um exemplo para sua comunidade religiosa e para a comunidade de seu entorno. O umbandista deve ser um agente motivador da espiritualidade de seus semelhantes espelhando a valentia e honradez do caboclo, a sabedoria do preto velho e a alegria harmoniosa da criança.

O umbandista, seja ele sacerdote ou filho de santo, ao cumprir com seus deveres estará praticando a verdadeira e legítima Umbanda, um caminho que leva à retidão e a transformação da alma. Um caminho que nos leva a Deus em sua plenitude.

*Texto interessantíssimo extraído da internet, mantida a sua total originalidade.

                                                                           Amor, Verdade e justiça
                                                                              Saravá Umbanda !


                                                                           Pai Josimar da Capadócia

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

EXU





Muito se fala a respeito dos Exus, mas pouco se entende. Tendo isto em vista, vamos tentar colocar em palavras mais simples a respeito dos mesmos.

Exus são espíritos que já encarnaram na terra. Na sua maioria, tiveram em encarnações anteriores cometidos vários crimes ou viveram de modo a prejudicar seriamente sua evolução espiritual, sendo assim estes espíritos optaram por prosseguir sua evolução espiritual através da prática da caridade, incorporando nos terreiros de Umbanda.

São muito amigos, quando tratados com respeito e carinho, são desconfiados, mas gostam de ser presenteados e sempre lembrados. Estes espíritos, assim como os Preto velhos, crianças e caboclos são servidores dos Orixás.

Apesar das imagens de Exus, fazerem referência ao "Diabo" medieval (herança do Sincretismo religioso), eles não devem ser associados a prática do "Mal", pois como são servidores dos Orixás, todos tem funções específicas e seguem as ordens que lhe são passadas. Dentre várias, duas das principais funções dos Exus são: a abertura dos caminhos e a proteção de terreiros e médiuns contra espíritos perturbadores durante a gira ou obrigações.

Desta forma estes espíritos não trabalham somente durante a "gira de Exus" dando consultas, onde resolvem problemas de emprego, pessoal, demanda e etc. de seus consulentes. Mas também durante as outras giras (caboclos, preto velhos, ciganos, baianos, etc...), protegendo o terreiro e os médiuns, para que a caridade possa ser praticada.

Exu é Mau?

Muitos acreditam que nossos amigos Exus são demônios, maus, ruins, perversos, que bebem sangue e se regozijam com as desgraças que podem provocar.

Exu é neutro, quem faz o mal são os médiuns que utilizam os Exus para fazerem trabalhos que prejudiquem outras pessoas.

Na verdade, o mal ou o bem como já afirmamos é produto da vontade e da evolução do próprio homem e Exu esta acima do bem e do mal, sentimentos esses pertencentes á evolução humana.


Os negros africanos em suas danças nas senzalas, nas quais os brancos achavam que era a forma deles saudarem os santos, incorporavam alguns Exus, com seu brado e jeito maroto e extrovertido, assustavam os brancos que se afastavam ou agrediam os médiuns dizendo que eles estavam possuídos por demônios.

Com o passar do tempo, os brancos tomaram conhecimento dos sacrifícios que os negros ofereciam a Exu, o que reafirmou sua hipótese de que essa forma de incorporação era devido a demônios.

As cores de Exu, também reafirmaram os medos e fascinação que rondavam as pessoas mais sensíveis.


De um texto extraído do livro: “ O Guardião da Meia- Noite” podemos ter a ideia de quem é Exu:

“Não derrubo quem não merece,  nem elevo quem não fizer por merecer;
Não traio ninguém, mas não deixo de castigar um traidor;
Não castigo um inocente, mas não perdoo um culpado;
Não dou a um devedor, mas não tiro de um credor;
Não salvo a quem quer perder-se, mas não ponho a perder quem quer salvar-se;
Não ajudo a morrer quem quer viver, mas não deixo vivo quem quer matar-se;
Não tomo de quem achar, mas não devolvo a quem perder;
Não pego o poder do Senhor da Luz, mas não recuso o poder do Senhor das Trevas;
Não induzo ninguém a abandonar o caminho da Lei, mas não culpo quem dele se afastar;
Não ajudo quem não quer ser ajudado, mas não nego ajuda a quem merecer;
Sirvo à Luz. Mas também sirvo às Trevas.
No meu reino eu mando e sei me comportar.
Não peço o impossível, mas dou o possível.
Nem tudo que me pedem eu dou, mas nem tudo que dou é porque me pediram.
Só respeito a Lei do Grande, da Luz e das Trevas e nada mais.”

                                                                                Laroyê Exu !

Fonte:  Texto de Pérolas da Macumba.  
Espero  mais uma vez através desse texto simples e esclarecedor ter contribuído para uma melhor explanação sobre o assunto.

                                                                            Abraços fraternais

                                                                       Pai Josimar da Capadócia




quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A POLVORA... por: Adalberto Pernambuco Nogueira


Transcrevo abaixo uma postagem  preciosa  e esclarecedora sobre a origem da pólvora e o seu uso  pelos Afro Umbandista, datada de 1994, de autoria de Adalberto Pernambuco Nogueira, na época Presidente de União de Umbanda do Rio Grande do Sul, sem alterar ou corrigir a linguística do mesmo, conservando-o em sua total originalidade:




                                                                 A PÓLVORA

Por Adalberto Antônio Pernambuco Nogueira (in memoriam)
Presidente da União de Umbanda (Porto Alegre/RS)
Trechos publicados em duas edições no Jornal JOCAB (meados de 1994) 

O  chamado  ponto-de-fogo,  um  dos  mais  utilizados  recursos  da Umbanda  e  dos  Cultos  Africanos,  é  o efetuado com a pólvora e para finalidades as mais  diversas.
 Seu uso  na Magia Negra é bastante difundido  e os feiticeiros o utilizam em suas investidas contra seus adversários ou suas vítimas.
A pólvora é também conhecida por fundanga ou tuia e a sua fabricação pode ser caseira ou industrializada. A diferença  entre  uma  e  outra  é  idêntica  a  dos  defumadores ou  banhos  de  ervas  colhidas  e  os  comprados  em firmas  especializadas,  isto  é,  nestas  falta-lhes  o  preparo  mágico  indispensável  e  a  dosagem  exata  de  seus componentes o que, por vezes, impede seja atingido o fim colimado.
Fundanga  é  uma  expressão  de  origem  kimbundo  e  seu  significado,  naquele  idioma,  é  exatamente,  pólvora.
Quanto a tuia, ainda que por sua morfologia nos afigure palavra de origem indígena é oriunda do ioruba tuyo que significa expelir, deslocar para fora.
A  palavra  representativa  de  pólvora  nos  idiomas  indígenas,  somente  a  fomos  encontrar  no  tupi  e  é  uma palavra arcaica e obsoleta na Umbanda, pois jamais ouvimos sequer um caboclo solicitar mocacui para seus trabalhos, dando preferência, invariavelmente, às expressões de origem africana.
A  pólvora  é  um  elemento  de  Magia  ambivalente  prestando-se,  destarte,  à  serviços  para  o  Bem  e  o  Mal.  É, pois, por sua potência, um dos recursos mais utilizados pelos feiticeiros para o enfeitiçamento de pessoas ou coisas  tendo,  ainda,  o  inusitado  dom  de  transmitir  ou  conferir,  a  quem  quer  que  seja,  todo  o  poder  que  sua utilização  seja  feita  com  a  estrita  obediência  dos  preceitos  de  Magia  e  independentemente  do  fim  a  que  se destina.
Tais  fatores,  conjugados,  nos  levam  à  conclusão  de  que  todos  os  trabalhos  com  pólvora  exigem  uma concentração  e  precaução  extraordinárias.  Daí  o  porquê    devam  ser  feitas  por  entidades,  na  sua  quase totalidade Exus, ou quando considerarem oportuno, delegarem poderes a um médium especializado para sua execução. 

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O primeiro nos impulsiona constantemente para a frente e para o alto nos dá ânimo e pertinácia em todos os nossos  passos,  nos  concede  o  ardor,  a  iniciativa,  o  espírito  de  luta,  a  vontade  e  a  capacidade  de  satisfazer nossos  desejos  atingindo  o  objetivo  de  nossas  aspirações  mas, em  troca,  nos  oferece  a  inquietude,  a inconstância  e  o  amor  às  mudanças  e  novidades,  a  impulsividade  que  nos  leva  a  ações  inconsequentes, recolhendo frutos  não  amadurecidos  e  perdendo  os  melhores  e  mais  compensadores  resultados  de  nossos esforços.
O segundo, é aquele que nos tolhe e nos traz desenvolvimento, fazendo-nos introspectivos, nos causa medo e a  reflexão,  nos  leva  a  cingir-nos  e  a  fixar-nos  tanto  no  erro  quanto  na  verdade,  nos  hábitos  viciosos  e virtuosos, nos torna fiéis e perseverantes, firmes em nossa vontade e tenazes esforços, e nos capacita a atrair aquilo  para  o  que  estamos  interiormente  sintonizados  pelos  nossos  pensamentos,  convicções  e  aspirações.
Em  contraposição,  nos  acarreta  a  desilusão  e  o  discernimento,  nos  afasta  das  mudanças  e  de  toda  ação irreflexiva, porém, também, de todo progresso, esforço e superação.
Apresenta-nos,  agora,  o   terceiro   componente,   o   carvão,   inteiramente   distinto   dos   demais,   pois   sua propriedade primordial é a fácil absorção dos fluidos de quaisquer naturezas. Assim sendo, todas as emoções astrais  são  por  ele  retidas  e,  por  isso,  desembaraça  os objetos  materiais  dos  fluidos  de  que  se  encontram impregnados.
Sua  ação  intermediária,  neste  sentido,  se  caracteriza  pela  lentidão  e  segurança,  e  o  fato  de  agir  em  estado natural  obrigam-nos  a  conjurá-lo  quando  em  seu  uso  em  trabalhos de  Magia,  a  fim  de  limpa-lo  dos  maus fluidos de que, porventura, esteja impregnado.
Hermeticamente,  o  carvão,  em  seu  estado  natural  é  o  símbolo  da  Constância  e,  em  combustão,  do  Fervor, isto porque, neste estado, consegue dissolver o mais duro dos metais.
O estudo acurado dos elementos componentes da pólvora e da dualidade de suas funções, inerentes a tudo  o que  existe  no  Universo,  é  suficiente  ao  iniciado  para  saber  onde,  quando  e  como  usa-la  e,  ao  Mago,  para possibilitar-lhe  o  conhecimento  de  seus  efeitos  malévolos  contra  indivíduos  e  coisas,  se  utilizada  no  campo da Magia do Mal, assim como aquilatar o poder e os conhecimentos de quem a empregou.
De  tudo  o  que  dissemos,  deduz-se  que  a  pólvora  jamais  deve ser  queimada  dentro  de  casas  ou  ambientes fechados e sim, próxima a aberturas, pois o recinto fechado não permite a evaporação das camadas deletérias por ela deslocadas em sua explosão, o que determinará o sobre carregamento do ambiente de novos resíduos, estes já oriundos de sua ação.
Apesar  de  ser  a  pólvora  a  força  máxima  pra  limpeza,  seu  uso  deve  ser  restrito  a  casos  da  mais  absoluta necessidade e, além dos cuidados já arrolados no presente trabalho, sob a responsabilidade do Guia-Chefe ou de  seu  preposto,  com  o  auxílio,  é  evidente,  das  falanges  trabalhadoras  ou  evocadas.  Outros sim,  jamais poderemos  iniciar  sua  combustão  senão  com  fósforos  pelo  mão-de fogo,  ou  charutos,  no  caso  de  entidades incorporadas. Em hipótese alguma utilizaremos a chama de velas para tal fim e, muito menos, isqueiros.
Concluindo, queremos frisar que algumas casas, face aos solertes ataques que são dirigidos à nossa Religião, taxada  de  primitiva,  mercê  de  seus  rituais,  vêm  abolindo  o uso  da  tuia  às  vezes  até  em  choque  com  as instruções emanadas dos Guias. A estas acometidas podemos antepor o uso dos fogos nas procissões e festas católicas, principalmente nas de São João, Pedro e Antônio e que, em suma, nada mais representam que uma queima, semelhante aos seus efeitos, ao nosso ponto-de-fogo.
Ademais,  quando  o  Astral  Inferior  que  envolve  nosso  Planeta com  suas  densas  camadas,  encontra-se sobrecarregado de cascões, vampiros, magos negros, corpos astrais de animais, formas de pensamento maus, de  criação  consciente  ou  inconsciente,  artificiais  humanos  e  invólucros  vitalizados,  estes  da  mais  alta periculosidade  e  utilizados  nos  trabalhos  de  Vodu,  o  Alto,  em sua  Eterna  Sabedoria,  envia  violentos temporais cósmicos, onde os efeitos luminosos da queima da pólvora cumbem, pela eletricidade cósmica, de limpar o ambiente. É claro que tais tormentas, tão bem descritas por André Luiz, chegam até nós sob a forma de cataclismos materiais que, em que pese a violência de que se revestem, nada mais são que meros reflexos dos originais.
Então  o  fogo  produzido  pelas  descargas  elétricas  age  sobre  os componentes  da  pólvora  desanuviando  o  ar pesado e tenso acumulado durante o longo período que as antecedeu.
A  descarga  da  pólvora  que  efetivamente  nada  mais  é  que  um  insignificante  arremedo,  no  Microcosmo,  dos recursos  utilizados  pelo  Poder  Universal  com  idênticas  finalidades,  é  claro,  as  enormes  proporções  que  o separam do Macrocosmo.
Ao  encerrarmos,  voltemos  à  tecla  que  jamais  cansaremos de  acionar:  se  o  irmão  não  estiver  devidamente preparado, se  não possuir o axé  de  mão-de-fogo  e, principalmente, se  não  encontrar previamente autorizado por nossos Grandes Mestres  ouça nosso conselho  e  não se arrisque  inutilmente a  executar vaidosamente um trabalho  de tal  monta. Se o  fizer, estará em  idêntica situação de um  motorista que, ansioso para mostrar sua habilidade  e  competência,  não  se  peja  em  pôr  em  risco não  apenas  sua  vida,  mas,  o  que  é  mais  grave,  a  de todos  que  o  acompanham  em  seu  veículo.  E,  se  alguma  vez  sentir-se  tentado  a  faze-lo  que,  nesta  hora, ressoem em seus ouvidos a Curimba de Fogo, a fim de alerta-lo sobre o erro em que incindirá: 

Só queima tuia quem pode queimá
Meu ponto é seguro, não deve falhá
Só manda fogo quem pode mandá
Meu ponto é seguro, meu Pai Oxalá 

Caso, no entanto, esteja capacitado a faze lo, que Oxalá o permita, nunca sua mão se aproxime de um ponto-de-fogo  com  intenções  outra  as  que  não  a  de  trazer  benefício  aos  seus  semelhantes.  Que  sua  conduta  seja reta,  sua    acendrada  e  a  confiança  em  seus  conhecimentos inabalável.  Que  o  irmão  aprove,  sempre    em todas as oportunidades, que é um verdadeiro portador do axé de fogo. Saravá.
Espero mais uma vez ter contribuído para uma melhor explanação sobre o assunto.

                                                       Abraços fraternais

                                                    Pai Josimar da Capadócia.