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sábado, 12 de dezembro de 2015

O BATUQUE NO RIO GRANDE DO SUL


 Para um entendimento mais facilitado, teremos que traçar uma linha na África na altura do Golfo de Benin, onde encontraremos ao Sul os Bantos, que cultuavam além dos Orixás os espíritos dos antepassados mortos (é sabido que em Benguela, na Angola, existia um culto chamado de "orodere" semelhante ao conhecido "espiritismo", se compararmos hoje, a religião que cultua Orixás e espíritos de antepassados é a Umbanda, com seus pretos-velhos, caboclos e Orixás. Já ao Norte encontramos nosso alvo, os negros Sudaneses, que cultuavam os Orixás como os meios de ligação entre os homens e o Deus maior, Olorum, características da Nação, Batuque.
Para o Rio Grande do Sul desceram os negros da Costa da Guiné ou Nigéria, com suas Nações: Jeje, Ijexá, Oyó e Nagô. Como a escolha de ficar juntos ou não, não pertencia aos negros, estes eram misturados nos navios, havendo assim uma união de Nações, destacando-se suas peculiaridades. Nascendo assim outras nações: Jeje-Ijexá, Jeje-Oyó, Jeje-Nagô, e assim por diante.
Não podemos dar uma data certa ao nascimento do primeira Casa de Nação no Estado, mas segundo o professor e amigo Norton Corrêa, existem várias suposições que nos fazem chegar a mais ou menos 150 anos atrás, onde os documentos da época nos mostram que na Região de Rio Grande (entrada oficial de negros no Estado), existia uma grande concentração de negros livres, inclusive Nordestinos, este último fato não podemos desprezar, pois as semelhanças entre o Batuque e o Xangô de Pernambuco são muito grandes.

Batuque

O Batuque é um culto afro-brasileiro (por que não dizer afro-gaúcho), com influência sudanesa, onde são cultuados 12 Orixás. Os Orixás são espíritos naturais, a própria encarnação da natureza, que se utilizam do Cavalo-de-Santo para se manifestar na terra, trazendo suas características sob influência da Mãe Natureza. Estes Orixás são: Bará, Ogum, Iansã, Xangô, Odé, Otim, Ossanha, Obá, Xapanã, Oxum, Iemanjá e Oxalá. Podemos dividir estes Orixás em dois grandes grupos: os Azedos, de Bará até Xapanã e os Doces de Oxum a Oxalá, características estas que são representadas em suas oferendas e manifestações na terra, os azedos ao se manifestarem são mais bruscos e levam em suas frentes ou oferendas o Epô (azeite de dendê), já os doces quando chegam no mundo são suaves e na sua grande maioria mais velhos e o mel é o que melhor os representa, neste enfoque.
Ainda encontramos outros subgrupos identificados em alguns Orixás com o primeiro nome, seguido de um segundo, como por exemplo:
Bará:
Bará Legba, Bará Lodê, Bará Lanã, Bará Adaqui e Bará Agelú
Ogum:
Ogum Avagã, Ogum Onira, Ogum Olobedé e Ogum Adiolá
Iansã:
Iansã, Oiá Timboá e Oiá Dirã
Xangô:
Xangô Agandjú de Ibedji, Xangô Agandjú e Xangô Agogô
Xapanã:
Xapanã Jubeteí, Xapanã Belujá, Xapanã Sapatá
Oxum:
Oxum Pandá de Ibedji, Oxum Pandá, Oxum Demun, Oxum Olobá e Oxum Docô
Iemanjá:
Iemanjá Bocí, Iemanjá Bomí e Nanã Borocum
Oxalá:
Oxalá Obocum, Oxalá Olocum, Oxalá Dacum, Oxalá Jobocum e Oxalá de Orumiláia.
Estes segundos nomes dos Orixás poderemos explicar como se em nossa vida terrena, fosse uma classificação por idade ou até mesmo sua área de atuação. Existem ainda um terceiro nome que cada Orixá identifica no jogo de Búzios, este nome passa a ser a identificação secreta, que cabe apenas ao Pai-de-Santo, ao filho e ao Orixá obviamente, ficando o Orixá com três nomes: como por exemplo Bará Lodê Beí, este terceiro é o segredo. Os Orixás que não possuem a subdivisão, o segredo passa a ser o segundo nome, exemplo: Ossanha Ossí
Assim como nomes, cada Orixá tem seu tipo de ave, seu tipo de animal de quatro patas e seu tipo de oferenda.
O Orixá sem ser em festas ou obrigações, se comunica com seus fiéis através do Ifá (jogo de Búzios), utilizando as mãos e intuição de um pai ou mãe-de-santo. O jogo de Búzios é a principal, eficaz e mais rápida ferramenta, de sabermos sobre o mundo, necessidades de homens e dos próprios Orixás, a fim de melhorar o andamento das coisas.
Toda pessoa ao nascer recebe um Orixá na cabeça, outro no corpo, este casamento de Orixás, da cabeça com o corpo, denominamos de Adjuntó, e em alguns casos nas pernas, pés e assim por diante, este Orixá é visualizado quando é jogado os búzios pelo Pai-de-Santo, que também ficará sabendo, normalmente neste jogo, se esta pessoa necessitará fazer alguma Obrigação religiosa ou apenas um simples trabalho, não tendo que se comprometer mais a fundo com a Religião.
A Família Batuqueira
Dentro de uma Casa de Religião (Batuque) encontramos uma verdadeira família, como as de padrão convencional. Em primeiro lugar encontramos o Pai ou Mãe-de-Santo, posição máxima, esta pessoa que através das ordens do seu Orixá de cabeça, organiza e aconselha a vida religiosa e muitas vezes material de seus filhos-de-santo, que são irmãos entre si, os irmãos-de-santo do Pai ou da Mãe, são os tios e assim por diante, como em nossa família.

                                                                              Josimar da Capadócia

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NA UMBANDA




Para Kardec, a ação magnética produzida pelo agente encarnado (magnetizador), tanto pode produzir uma modificação nas propriedades da água, quanto no tocante aos fluidos orgânicos (ex: bile, linfa, líquido cefalorraquidiano, saliva, suco gástrico, sangue total, etc).  O Espírito Lísias explica para André Luiz , que “… a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui (em Nosso Lar), ela é empregada sobretudo como alimento e remédio”. Para o Espírito Bezerra de Menezes, “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”.

NA UMBANDA, é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas,
nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento natural  é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.

ÁGUA DE MAR
Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as areias da praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais, principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença . No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os Corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas. Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo do Mar.

ÁGUA DE CACHOEIRA
Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além disso, é nas águas das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue projetada em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d’água.

ÁGUA DE RIOS E LAGOAS
Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o rio tiver pouco movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água tem uma energia decantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem movimentado com corredeiras, a energia da água é energética, equilibradora e reparadora. Saudemos Mamãe Oxum.

ÁGUA MINERAL
Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve nossos chacras desobstruindo-os e equilibrando- os. É uma água muito fácil de se encontrar, por isso aproveitem esse Axé. Saudemos Oxalá.

ÁGUA DE POÇO
É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no corpo astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato com a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia ruim da área afetada colocando em seu lugar uma energia boa. A cura se processa graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico, químico e energético que a terra oferece. Saudemos Obaluayê.

ÁGUA DE CHUVA
É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado de vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro estado de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por isso é utilizada justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A água da chuva, quando cai é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai as vibrações negativas do local, sendo ótima também para banhos de descarrego e limpeza de ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as encruzas carregando todas as vibrações dos trabalhos arriados nesses locais. Saudemos Yansã, Dona do tempo e das tempestades.


                                                                      Abraços Fraternais 


                                                                   Pai Josimar da Capadócia

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

LÁGRIMAS DE UM PAI DE SANTO




AQUELE PAI ESTAVA TRISTE, ACORDARA COM O PEITO APERTADO, UMA ANGUSTIA SEM MOTIVO APARENTE. PASSOU O DIA TODO PENSATIVO, FOI PARA O TERREIRO MAIS CEDO QUE O NORMAL. ENTROU, SALDOU SUA TRONQUEIRA E ENCAMINHOU-SE PARA O INTERIOR DO TEMPLO, PAROU NA PORTA, OLHOU O PISO, AS PAREDES, O TETO, CADA DETALHE QUE NÃO SÃO PERCEBIDOS AO LONGO DAS GIRAS. FOI CAMINHANDO ATE O CONGA, PAROU E FICOU A OLHÁ-LO, CADA IMAGEM, CADA DETALHE, CADA RISCO, QUANTO AMOR FORA COLOCADO ALI PARA QUE TUDO FOSSE REALIZADO, PARA QUE UM SONHO FOSSE CONCRETIZADO, QUANTA LUZ AQUELE ALTAR JÁ HAVIA IRRADIADO, QUANTAS BENÇÃOS. OLHOU A IMAGEM DE OGUM, GRANDE GUERREIRO, QUANTAS LUTAS. OLHOU OS PRETOS VELHOS QUANTA SABEDORIA E HUMILDADE E ASSIM FOI PERCORRENDO TODAS AS IMAGENS DAQUELE SEU ALTAR ATÉ SE DETER NA IMAGEM DE OXALÁ, IMPONENTE, NO MAIS ALTO POSTO A TUDO VIGIA, MAS SEUS OLHOS JÁ NÃO PODIAM VER, POIS AS LAGRIMAS CORRIAM PELO SEU ROSTO. AJOELHOU-SE PERANTE AQUELE ALTAR E CHOROU SUAS LAGRIMAS, UMA A UMA FORAM CAINDO, LAVANDO O CHÃO SAGRADO DAQUELE TEMPLO. AS LAGRIMAS DAQUELE BABALAÔ PARECIAM FALAR. FALAVAM DA INCOMPREENSÃO DAS PESSOAS, DE QUANTOS JÁ HAVIAM PASSADO POR AQUELE TEMPLO E NUNCA MAIS VOLTARAM. FALAVAM DOS RANCORES, DAS MAGOAS E DA INGRATIDÃO... FALAVAM DAS OPORTUNIDADES PERDIDAS. FALAVAM DOS SEUS FILHOS QUE VIERAM ATÉ SUAS MÃOS QUE OS ACOLHEU E ACALENTOU ATE QUE ELES ESTIVESSEM PRONTOS PARA TRILHAREM NOVOS CAMINHOS. FALAVAM DAQUELES QUE PARTIRAM PARA O PLANO ESPIRITUAL E DEIXARAM SAUDADES... E UMA A UMA AS SUAS LAGRIMAS FORAM CAINDO E CADA UMA DELAS LHE FALAVA AO CORAÇÃO, ATÉ QUE A ULTIMA LAGRIMA ROLOU PELO SEU ROSTO, SÓ QUE ESTA ERA CRISTALINA E PARECIA LHE DIZER: FILHO EU SOU O PRÓPRIO OXALÁ QUE VIVE EM VOCÊ, POSSO ROLAR PELO SEU ROSTO E IR AO CHÃO, MAS JAMAIS DEIXAREI DE ESTAR EM SEU CORAÇÃO, CONTINUE A AMPARAR MEUS FILHOS E EU O RECOMPENSAREI COM AS ASAS DA LIBERDADE. AQUELE BABALAÔ LEVANTOU-SE LAVOU O ROSTO E REALIZOU A MELHOR GIRA DE UMBANDA DE SUA VIDA ATÉ AQUELE DIA, ABENÇOOU TODOS OS SEUS FILHOS E COMPREENDEU SEU TRABALHO E SUA MISSÃO... DORMIU TRANQUILO..., MISSÃO cumprida

                                                                     Abraços Fraternais 


                                                                   Pai Josimar da Capadócia

sábado, 14 de novembro de 2015

"15 de Novembro, DIA NACIONAL DA UMBANDA"



 São 33 Anos que um dia optei por cultuar uma Religião que vestia o branco, que arriava o ponto e que cantava a sua humildade diante das Entidades de Luz trabalhadoras da Umbanda; São + de 33 anos que me apaixonei por essa Religião, e que mesmo posteriormente tendo entrado para a Nação Africana nunca me afastei ou deixei de cultuar; Minhas lágrimas escorrem ao escrever esse texto, não só por conta da Fé mas Principalmente pelo Amor que dedico a essa Sagrada Religião de Umbanda ; Bendito seja o Caboclo das Sete Encruzilhadas, Bendito Zélio Fernandino de Moraes que em sua casa, contra a vontade dos "Doutos" da época Fundou essa consagrada Instituição da Espiritualidade Superior que tanto contribui e contribuiu para o desenvolvimento Moral , Espiritual e Cultural do Ser humano e que até os dias de hoje ainda é tão mal interpretada e discriminada por alguns e algumas Instituições Religiosas desse Pais.

Salve a Umbanda Sagrada, Salve a Umbanda Universal, Salve seus Trabalhadores e acima de tudo, Suas Entidades de Luz , seus Sete Orixás e Oxalá Misericordioso sempre a sustentar a nossa Fé, o nosso Amor ao próximo e a nossa esperança por dia melhores.

Meu abraço a todos os irmãos Umbandistas nesse 15 de Novembro,Dia Nacional da Umbanda.
Saravá !

   Pai Josimar da Capadócia.

domingo, 8 de novembro de 2015

ATEÍSMO


                                                                    ATEÍSMO

                                                             Texto de João Felix

As definições do ateísmo também variam quanto ao grau de consideração que uma pessoa deve dar à ideia de deus (ou deuses) para ser considerado um ateu. O ateísmo tem sido por vezes definido para incluir a simples ausência de crença na existência de qualquer divindade.
Para evitar que isso aconteça, respeite a Casa que você frequenta, e principalmente seu Pai ou Mãe de Santo, é na mão dessas pessoas que está o seu futuro dentro da Religião, por melhor que você próprio se considere, será a continuidade de uma Ancestralidade, somos sempre o resultado daquilo que aprendemos, e esse conhecimento surge de pessoas que um dia também frequentaram uma Escola Religiosa, é muito triste ver alguém que largou tudo por se desiludir de onde estava, não há perfeição nas pessoas, o que você pode fazer e seguir em frente melhorando para os seus descendentes tudo aquilo que não concordava, mas o conhecimento será sempre dos Preceitos de uma Família Religiosa que tem todos os tipos de pessoas.
Um conselho ofereço a quem achar que deva aceitar, Religião é Religação com Cósmo, é o nosso reencontro com Deus através das diversas maneiras de fazê-lo, e não com as pessoas que convivemos, dessas apenas poderemos esperar amizade consideração e acima de tudo Respeito, Respeite seu Pai ou Mãe de Santo, que no futuro seus filhos farão o mesmo.



                                                                      Abraços Fraternais


                                                                  Pai Josimar da Capadócia



sexta-feira, 30 de outubro de 2015

TRONQUEIRAS DE UMBANDA




                                                                Tronqueiras

Muitos são, os que chegam em um templo de Umbanda e se melindram, se assustam com as firmezas existentes na porta. Aquelas casinhas, conhecidas como tronqueiras, que tem como finalidade o assentamento das forças dos nossos exús e pombagiras.
A tronqueira é um recurso maravilhoso, colocado pelo astral em prol dos templos de Umbanda, que recebem os assistidos, na sua grande maioria, com seres trevosos à atormentá-los.
Este recurso, é no templo, um ponto de força, onde está firmado (ativado) o poder dos guardiões que militam em dimensões a nossa esquerda.
O ponto de força funciona como um pára-raios, é um portal que impede as forças hostis se servirem do ambiente religioso de forma deturpada.
No astral, os exús e pombagiras, utilizam-se dos elementos dispostos na tronqueira para beneficiar os trabalhos que são realizados dentro do templo.
Com estes elementos, estes abnegados servidores da luz, anulam forças negativas, recolhem e encaminham seres trevosos, abrem caminhos, protegem, etc.
Dentro de uma tronqueira encontramos vários tipos de ferramentas (instrumentos mágicos), como tridentes, punhais, pedras, ervas, velas, bebidas, etc... cada instrumento ou elemento com sua finalidade especifica e tanto os exús quanto as pombagiras ativam seus mistérios nestes elementos com a finalidade de realizarem seus trabalhos espirituais.
É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira e que todos saibam que este ponto de força está sobre as ordens da Lei maior. Quando alguém deturpa este ponto de força, usando-o de forma negativa, este se torna um portal negativo. Este tipo de procedimento não é da Umbanda e sim de seitas que muitas vezes se utilizam do nome da nossa religião.
Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos. Qualquer um pode se servir do poder desses guardiões, acenda uma vela e peça proteção e auxilio e receberá. Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.
Um dos recursos mais interessantes, colocado pela lei Divina em prol dos templos Umbandistas, que recebem várias pessoas, muitas delas com seres trevosos a atormentá-las. Este recurso é um verdadeiro ponto de forças dentro do templo, onde está firmado o poder do guardião que rege o domínio daquele ponto de força.
No astral os exús e pombagiras se utilizam deste ponto de força, para lidar com forças hostis que de alguma forma os assistidos trazem e, são tratados de seus males de forma eficaz.
Também se abre portais onde, os senhores guardiões resgatam espíritos que foram aprisionados e também manda para prisões no astral, seres trevosos que foram ativados contra os irmãos encarnados.
É importante que os médiuns e os assistidos saibam da importância de uma tronqueira, bem como do trabalho destes servidores da lei em prol da Lei.
Dentro de uma tronqueira, são dispostos vários elementos magísticos que são utilizados por guardiões de Lei. Citaremos alguns mais simples, as firmezas deste ponto de força são velados e eles pedem que não se abram mistérios, mais que se faça os devidos esclarecimentos sobre o assunto, dando ênfase a importância ao aprendizado elevado.
*Os tridentes dentro da tronqueira representam os poderes tripolares, onde através das energias emanadas por eles, os guardiões, diluem forças trevosas, envolvem seres para o resgate ou para aprisioná-los, forma um campo energo-magnético capaz de repelir ou atrair determinadas forças ou seres.
*Pedras negras ou vermelhas, formam portais dimensionais, ligados ao embaixo e as dimensões a esquerda, dando condições aos guardiões transitarem nestas esferas de forma resguardada e eficaz. Através das pedras se da também tratamentos para várias finalidades, onde o elemento da sustentação para que o guardião possa atuar nas vibrações mais densas do ser. As pedras criam áreas especificas de energia, capazes de envolver tudo o que fora mentalizado pelo sacerdote que possui a guarda do templo.
*Sementes ou ervas, da mesma forma que os outros elementos, eles entram em campos específicos, onde as energias das pedras, do tridente, do marafo, da vela, da ferradura, dos punhais, não entram.
*Os punhais, emitem energias perfurantes, cortantes, dilacerantes, onde se utiliza para freiar forças negativas provenientes do embaixo.
*Marafo, é o elemento dual, onde trás a união de dois elementos contrários, a água e o fogo, é um dos elementos mais utilizados, onde podemos com ele abrir portais e fechar aberturas de buracos negros. Todos os trabalhos onde oferendamos os guardiões, este elemento é utilizado para fazer o fechamento com um círculo, ou a abertura. Um copo deste elemento na tronqueira, funciona entre outras coisas como catalizador, filtro, condutor, amalgamador, etc...
Existem vários tipos de elementos, que são velados, isso se faz necessário, para manter o devido resguardo dos trabalhos dos templo, evitando até que pessoas deem mal uso a forças tão importantes a todos os templos de Umbanda.
Que os senhores guardiões, através da Lei maior e da Justiça Divina, possam limpar nossa religião dos falsos umbandistas, dando um ar de limpeza a está que é a uma grande religião do Mundo. Pena que muitos encarnados ainda não descobriram.

 Fonte e Texto de Valdir Callegari.

                                                                    Abraços Fraternais


                                                               Pai Josimar da Capadócia

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Texto reflexivo; MALDITOS SACERDOTES



Malditos Sacerdotes!!!

Se um Sacerdote cobra o serviço que faz é um vigarista,
Se ele não cobra, não sabe nada.
Se não ensina é um ignorante,
Se ensina, exige muito, demasiadamente.
Se pede uma contribuição aos membros do Templo é um “bon vivant”,
Se não pede, reclamam que no Templo nunca há nada.
Se as sessões são curtas, sua incorporação é débil ou está cansado,
Se as sessões são longas é um charlatão, só quer se mostrar.
Se não dá aulas descuida dos seus, quer todos ignorantes,
Se dá aulas, não assistem, não acompanham, reclamam que o nível é muito alto.
Se não faz uma visita, não liga para os seus,
Se o faz é porque quer se meter na vida dos outros.
Se diariamente os procura, não para de encher o saco,
Se não o faz, não “dá bola” para ninguém.
Se faz muitas cerimônias, rituais e reuniões é porque não tem vida social e não quer que ninguém tenha,
Se não faz, não está nem aí com a religião e com as pessoas.
Se tem personalidade e temperamento fortes é um arrogante exibido,
Se for ao contrário não se impõe, é um fraco!


Malditos Sacerdotes!!

Que nos escutam
Que nos dão atenção
Que nos consolam
Que nos recebem em suas casas
Que nos dão seu tempo
Que nos abrem suas portas
Que nos dão conselhos
Que nos dão consolo
Que toleram e perdoam nossos erros

Malditos Sacerdotes !!!!

                                                                 Abraços fraternais


                                                             Pai Josimar da Capadócia

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

33 ANOS DE FUNDAÇÃO DA FRATERNIDADE JORGE DA CAPADÓCIA





É muito bom completar 33 Anos de atividades fazendo aquilo que se gosta; Eu me sinto um privilegiado pelo dia em que optei por me tornar um Sacerdote Afro Umbandista; em momento algum me arrependi ou me surgiu qualquer tipo de duvida pela escolha feita.
Agradeço a assistência de toda a Espiritualidade de Luz que aos poucos restabelecem a minha saúde para que eu possa continuar a minha caminhada terrena e por todo o Aprendizado recebido nesses anos de Sacerdócio, pois uma das coisas que mais me trazem orgulho é de um dia ter fundado a Fraternidade Jorge da Capadócia e de mante-la Juridicamente Ativa até os dias de hoje, e que assim continue por muitos anos... Agradeço aos Amigos, Filhos, adeptos que passaram pela minha casa... Pois com certeza de alguma forma contribuíram para que hoje estivéssemos completando mais essa jornada.
Agradeço Aqueles que juntos comigo fundaram a Capadócia em 25/09/1982; Maria Inêz Cardoso, Sergio Moacir de Moraes, e," in memoriam" á: Marina Hernandez de Mendonça, Angelina Tissato de Moraes e Alcides Tissato hoje na espiritualidade.
Agradeço ao meu Pai Ogum Megê , Minha Mâe Oxum, Pai Joaquim de Angola, Seu 7 Encruzilhadas... Por me permitirem a felicidade de cada vez mais poder trabalhar fazendo aquilo que me faz bem e me deixa feliz...
E, a todos os Irmãos que sempre apreciaram o meu trabalho; Muito Obrigado!


                                                                    Josimar Fracassi

                                            Diretor Espiritual Fraternidade Jorge da Capadócia

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

PRECE DE EXÚ




Sou EXU, Senhor. Pai, permite que assim te chame, pois, na realidade, Tu o és, como és meu criador. Formaste-me da poeira ástrica, mas como tudo que provém de Ti, sou real e eterno.
Permite Senhor, que eu possa servir-Te nas mais humildes e desprezíveis tarefas criadas pelos teus humanos filhos. Os homens me tratam de anjo decaído, de povo traidor, de rei das trevas, de gênio do mal e de tudo o mais em que encontram palavras para exprimir o seu desprezo por mim; no entanto, nem suspeitam que nada mais sou do que o reflexo deles mesmos. Não reclamo, não me queixo porque esta é a Tua Vontade.
Sou escorraçado, sou condenado a habitar as profundezas escuras da terra e trafegar pelas sendas tortuosas da provação.
Sou invocado pela inconsciência dos homens a prejudicar o seu semelhante. Sou usado como instrumento para aniquilar aqueles que são odiados, movido pela covardia e maldade humanas sem contudo poder negar-me ou recorrer.
Pelo pensamento dos inconscientes, sou arrastado à exercer a descrença, a confusão e a ignomínia, pois esta é a condição que Tu me impuseste. Não reclamo, Senhor, mas fico triste por ver os teus filhos que criaste à Tua imagem e semelhança, serem envolvidos pelo turbilhão de iniqüidades que eles mesmos criam e, eu, por Tua lei inflexível, delas tenho que participar.
No entanto, Senhor, na minha infinita pequenez e miséria, como me sinto grande e feliz quando encontro nalgum coração, um oásis de amor e sou solicitado a ajudar na prestação de uma caridade.
Aceito , sem queixumes, Senhor, a lei que, na Tua infinita sabedoria e justiça, me impuseste, a de executor das consciências, mas lamento e sofro mais porque os homens até hoje, não conseguiram compreender-me.
Peço-Te, Oh, Pai infinito que lhes perdoe.
Peço-Te, não por mim, pois sei que tenho que completar o ciclo da minha provação, mas por eles, os teus humanos filhos.
Perdoa-os, e torna-os bons, porque somente através da bondade do seu coração, poderei sentir a vibração do Teu amor e a graça do Teu perdão.
Esta prece foi psicografada por A . J. Castro, da Cabana de Lázaro

                                                                               Laroyê  Exú !


                                                                        Pai Josimar da capadócia

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO VELHO





                                       Sete Lágrimas de um Preto-Velho

Num cantinho de um terreiro, sentado num banquinho, pitando o seu cachimbo, um triste preto-velho chorava. De seus olhos molhados, esquisitas lágrimas desciam-lhe pelas faces e não sei porque contei-as… Foram sete.
Na incontida vontade de saber aproximei-me e o interroguei. Fala, meu preto-velho, diz ao teu filho por que externas assim uma tão visível dor?
E ele, suavemente respondeu: Estás vendo esta multidão que entra e sai? As lágrimas contadas estão distribuídas a cada uma delas.
A primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber…
A segunda a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que seus próprios merecimentos negam.
A terceira, distribui aos maus, aqueles que somente procuram a UMBANDA, em busca de vingança, desejando sempre prejudicar a um seu semelhante.
A quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma força espiritual e procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra gratidão.
A quinta, chega suave, tem o riso, o elogio da flor dos lábios mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio na UMBANDA, nos teus caboclos e no teu Zambi, mas somente se vencerem o meu caso, ou me curarem disso ou daquilo.
A sexta, eu dei aos fúteis que vão de Centro em Centro, não acreditando em nada, buscam aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente.
A sétima, filho notas como foi grande e como deslizou pesada? Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos de todos os Orixás. Fiz doação dessa aos Médiuns vaidosos, que só aparecem no Centro em dia de festa e faltam as doutrinas.
Esquecem que existem tantos irmãos precisando de amparo material e espiritual.
Assim, filho meu, foi para esses todos, que viste cair, uma a uma AS SETE LÁGRIMAS DE UM PRETO-VELHO.


                                                                          Abraços Fraternais


                                                                        Pai Josimar da Capadócia

quinta-feira, 28 de maio de 2015

A DECEPÇÃO




A DECEPÇÃO:

Certamente todos os sacerdotes já se depararam com este sentimento. A decepção é a emoção mais recorrente dentre as queixas daqueles que comandam uma comunidade de Terreiro.

Não há quem não tenha relatos pessoais, ou histórias para contar dentro de uma Casa de Santo que não tenha experimentado a decepção.

Isto talvez porque o Culto aos ‪#‎Orixás‬ seja uma Religião atípica, na qual os adeptos tratam os sacerdotes como “pais” e “mães”.

O convívio no Terreiro faz com que em pouco tempo crie-se um elo consistente que aproxima estranhos, de idades, cores, culturas, origens e educações distintas ao ponto de torná-los “pais” e “filhos”. E esta relação muitas vezes acaba por suprir, ou reproduzir as dinâmicas das famílias biológicas.

A relação ainda se avoluma, porque no Culto aos Orixás a ritualística implica em períodos longos de recolhimento no Terreiro, aumentando a convivência e aproximando as pessoas por dias e às vezes semanas contínuas.

Cada obrigação, seja ela iniciática ou periódica, acaba por demandar toda esta mobilização daquela comunidade em torno do “recolhido” (obrigacionado).

E esta mobilização redunda em certos sacrifícios que todos os envolvidos se dispõem a fazer em prol do outro. Isto implica em abdicar durante estes períodos de bebidas alcoólicas, sexo, festas, compromissos pessoais, do convívio de sua família biológica e do conforto de seu próprio lar para participar das obrigações dormindo dias seguidos no Terreiro.

Tudo isto indiscutivelmente propicia um sentimento coletivo de solidariedade, mas também de decepção, quando algum desses membros abandona a comunidade.

Nesse momento, por mais que a comunidade sinta, é o sacerdote que sofre o maior impacto, já que ele lidera o egbé e é ele quem cria o mais intenso laço de união com o frequentador, ou filho da Casa.

Há a quebra de um elo. E esse rompimento traz consigo a decepção e a tristeza de saber que a dedicação devotada não foi correspondida e quase sempre não foi sequer compreendida.

Pior quando esta decepção vem adicionada a falatórios e fofocas de conhecidos em comum, que revelam que aquele que deixou o Terreiro ainda saiu se queixando, ou criticando a própria Casa e o sacerdote que tanto se dedicou a ele.

Muitas vezes são anos de preparação, informação, esclarecimentos e ensinamentos diversos. Tempo em que se investiram esperanças no futuro daquele filho. Anos durante os quais este mesmo filho teve suas atitudes compreendidas, corrigidas e perdoadas pelo sacerdote. Mas diante dos menores ou dos mais inusitados motivos, ele se revolta, se enche de razões para discordar de determinadas decisões. Achando-se injustiçado e dono da verdade, simplesmente vai embora sem nem dizer um simples “obrigado”, ou ao menos despedir-se, como a decência e a boa educação recomendam a qualquer um.

Muitos destes que se sentem vítimas, incompreendidos e revoltados, no momento de dor e de necessidade, foram acolhidos pela Casa, por seus membros e sacerdotes que lhes deram amparo, roupas, comida, teto e força espiritual quando mais precisaram.

Abraçaram, beberam e festejaram junto à comunidade. Não raro, custeados pelos até então “pais”, “mães” e “irmãos” de outrora.

No momento da dor e da necessidade, proferiram juras de amor e fidelidade à Casa, gestos e homenagens de uma gratidão que parecia sincera e inabalável… Para no momento seguinte, tudo se dissipar como o vento, sem nem sabermos onde foi parar toda aquela amizade e gentileza.

A decepção acaba por ser uma terrível armadilha que fere de surpresa os sacerdotes e membros do egbé.

Por mais experientes que sejam e por mais que se digam preparados para lidar com ela, a decepção sempre age como uma lâmina gelada perfurando o peito.

Claro que algumas decepções são maiores, ou piores. Mas sempre este sentimento se revela fruto das próprias expectativas criadas (porque não dizer: fantasiadas) em torno de filhos de santo e frequentadores da Casa.

O desejo de que aquela pessoa traga alegrias, que seja amiga fiel ao zelador e à Casa, geram uma expectativa que, quando rompida pela decepção, desmorona como um castelo de areia, que diante de uma onde furtiva, se transforma rapidamente em escombros tão diferentes da beleza lúdica que tinha.

Diante da decepção, muitos e bons pais e mães de santo sofreram tanto que não tiveram mais forças para prosseguir com seu sacerdócio.

Outros revoltaram-se de tal maneira, que transformaram o amor paterno em ódio, rebaixando filhos à condição de inimigos mortais.

A decepção é dor. E dor é difícil de descrever. Só quem sente consegue entende-la em sua amplitude.

É difícil, quase impossível prevenir-se contra a decepção. Quem ama espera, sonha, se dedica. Não há como chamar alguém de filho e não criar expectativas. E também não há como ser chamado de pai e banalizar esta relação, tornando-se frio como uma pedra de gelo ambulante.

O sacerdote é como um professor, que prepara os alunos a cada ano, mas que nem sempre participará da formatura deles. O sacerdote prepara os filhos, se preparando também para não mais os ver.

Não sei se ameniza, ou consola, mas encarar os atos de dedicação aos filhos, como sendo devotados unicamente em prol dos Orixás e não em prol das pessoas, muda um pouco a configuração das coisas. Assim se, ou quando, a decepção chegar, teremos a consciência tranquila de que o objetivo principal foi sempre atingido. Logo, se o filho decepcionar, saberemos que o Orixá foi bem servido e atendido e por isso reconhecerá sempre, na cabeça do filho ingrato, ou não, aquilo que foi feito por ele.

Mas a única atitude realmente eficaz e propedêutica contra a decepção é tentar respeitar o momento de cada um. Antes de criar sonhos e gerar expectativas acerca daquele filho, precisamos antes enxergá-lo como pessoa. Uma pessoa que não é nossa. E como pessoa livre, ele terá seu tempo para amadurecer, terá suas chances de errar e sua própria forma de fazer escolhas (certas e erradas).

É sempre bom lembrarmos que, como pessoas que somos, também já decepcionamos muita gente que nos amava e muitas que criaram expectativas diante de nós. Por inúmeras vezes fomos e somos imaturos e egoístas ao ponto de agirmos sem considerar o sentimento dos outros. Isso nos faz iguais e tão falíveis quanto aqueles que nos feriram.

Uma avaliação honesta sobre cada caso, feita ainda que silenciosamente pelos envolvidos, é sempre bem vinda. O tempo se encarrega do restante. Tempo também é Orixá.

                                                                    Abraços Fraternais


                                                                Pai Josimar da Capadócia

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A SACRALIZAÇÃO DE ANIMAIS NA RELIGIÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS






Pergunta: "Por que Deus exigia sacrifícios de animais no Velho Testamento?"

Resposta: Deus exigia sacrifícios de animais para que a humanidade pudesse receber perdão dos seus pecados (Levítico 4:35; 5:10). Para começar, sacrifício de animal é um tema importante encontrado por todas as Escrituras. Quando Adão e Eva pecaram, animais foram mortos por Deus para providenciar vestimentas para eles (Gênesis 3:21). Caim e Abel trouxeram ofertas ao Senhor. A de Caim foi inaceitável porque ele trouxe frutas, enquanto que a de Abel foi aceitável porque ele trouxe “das primícias do seu rebanho e da gordura deste” (Gênesis 4:4-5). Depois que o dilúvio recuou, Noé sacrificou animais a Deus. Esse sacrifício de Noé foi de aroma agradável ao Senhor (Gênesis 8:20-21). Deus ordenou que Abraão sacrificasse seu filho Isaque. Abraão obedeceu a Deus, mas quando Abraão estava prestes a sacrificar a Isaque, Deus interveio e providenciou um carneiro para morrer no lugar de Isaque (Gênesis 22:10-13).

O sistema de sacrifícios atinge seu ponto máximo com a nação de Israel. Deus ordenou que essa nação executasse inúmeros sacrifícios diferentes. De acordo com Levítico 1:1-4, um certo procedimento era para ser seguido. Primeiro, o animal tinha que ser perfeito. Segundo, a pessoa que estava oferecendo o animal tinha que se identificar com ele. Então, a pessoa oferecendo o animal tinha que infligir morte ao animal. Quando feito em fé, esse sacrifício providenciava perdão dos pecados. Um outro sacrifício chamado de dia de expiação, descrito em Levítico 16, demonstra perdão e a retirada do pecado. O grande sacerdote tinha que levar dois bodes como oferta pelo pecado. Um dos bodes era sacrificado como uma oferta pelo pecado do povo de Israel (Levítico 16:15), enquanto que o outro bode era para ser solto no deserto (Levítico 16:20-22). A oferta pelo pecado providenciava perdão, enquanto que o outro bode providenciava a retirada do pecado.

Por que, então, não oferecemos mais sacrifícios de animais nos dias de hoje? O sacrifício de animais terminou porque Jesus Cristo foi o sacrifício supremo. João Batista confirmou isso quando O viu pela primeira vez: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29). Você pode estar se perguntando: “por que animais? O que eles fizeram de errado?” Esse é justamente o ponto: já que os animais não fizeram nada de errado, eles morreram no lugar daquele que estava executando o sacrifício. Jesus Cristo também não tinha feito nada de errado, mas voluntariamente entregou-Se a morrer pelos pecados da humanidade (1 Timóteo 2:6). Muitas pessoas chamam de substituição essa idéia de morrer no lugar de outra pessoa. Jesus Cristo tomou para Si o nosso pecado e morreu no nosso lugar. 2 Coríntios 5:21 diz: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” Através de fé no que Jesus Cristo cumpriu na cruz qualquer pessoa pode receber perdão.

Em resumo, os sacrifícios de animais foram ordenados por Deus para que tal pessoa pudesse experimentar do perdão dos pecados. O animal servia como um substituto – quer dizer, o animal morreu no lugar do pecador. Sacrifício de animais parou com Jesus Cristo. Jesus Cristo foi o substituto sacrificial supremo e é agora o mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5). Sacrifícios de animais serviam como um sinal do que estava para vir – o sacrifício de Cristo a nosso favor. A única base sobre a qual o sacrifício de um animal providenciaria perdão dos pecados é o fato de que Cristo iria Se sacrificar pelos nossos pecados, providenciando o perdão que aqueles animais podiam apenas ilustrar e prenunciar.


Espero mais uma vez ter comtribuido com os irmãos para um melhor esclarecimento sobre o assunto...


                                                                      Abraços Fraternos


                                                                     Pai josimar da Capadócia

segunda-feira, 20 de abril de 2015

SALVE OGUM... SALVE SÃO JORGE DA CAPADÓCIA





Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.

Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente. Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas. Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca.

No sincretismo religioso Ogum é representado por São Jorge e especificamente na Bahia por São Sebastião! Ainda hoje a Ordem dos Templários vive, prega e divulga os ensinamentos de São Jorge.

O dia da semana de maior vibração desta energia é a terça-feira.

Dos ensinamentos de Pai Ogum: A vida é sempre resultado de nossas escolhas! A preocupação olha em volta, a tristeza olha para trás, a Fé olha para cima.




É aquele que sempre abre as estradas, que vai na vanguarda, que desbrava os caminhos com o seu machete. Orixá violento e guerreiro, eterno vencedor.

Foi Rei de Ifé e conquistador do reino de Ire.

Veste um saiote chamado mariwó (feito com as franjas das folhas verdes da palmeira).

É tido como filho de Iemanjá, irmão de Oxossi e Exu.

Ao mesmo tempo que caça, inventa as armas e ferramentas. Foi um profundo conhecedor dos segredos das florestas, onde vivia com Oxossi e Ossain. Destemido caçador, tornou-se guerreiro e ferreiro.

Conta uma lenda que Ogum não gostava de civilização, vivendo eternamente no fundo da floresta. Oxum, com sua doçura, conseguiu conquistá-lo, trazendo-o para a cidade -  ela necessitava de ajuda, pois precisava de proteção.

Foi marido de Iansã, cujo segredo descobriu. Depois viveu com Oxum (antes desta casar com Oxossi e depois com Xangô). Viveu com Oba, após vencê-la em uma luta.

Sua ira era terrível. Era conhecido como decepador de cabeças e vingador das injustiças.
É o protetor das artes marciais, da agricultura, dos policiais e daqueles que lidam com ferro.

              SÃO JORGE O SANTO GUERREIRO


Em torno do século III D.C., quando Diocleciano era imperador de Roma, havia nos domínios do seu vasto Império um jovem soldado chamado Jorge. Filho de pais cristãos, Jorge aprendeu desde a sua infância a temer a Deus e a crer em Jesus como seu salvador pessoal.

Nascido na antiga Capadócia, região que atualmente pertence à Turquia, Jorge mudou-se para a Palestina com sua mãe após a morte de seu pai. Lá foi promovido a capitão do exército romano devido a sua dedicação e habilidade - qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Com a idade de 23 anos passou a residir na corte imperial em Roma, exercendo altas funções.

Por essa época, o imperador Diocleciano tinha planos de matar todos os cristãos. No dia marcado para o senado confirmar o decreto imperial, Jorge levantou-se no meio da reunião declarando-se espantado com aquela decisão, e afirmou que os ídolos adorados
nos templos pagãos eram falsos deuses.

Todos ficaram atônitos ao ouvirem estas palavras de um membro da suprema corte romana, defendendo com grande ousadia a fé em Jesus Cristo como Senhor e salvador dos homens. Indagado por um cônsul sobre a origem desta ousadia, Jorge prontamente respondeu-lhe  que era por causa da VERDADE. O tal cônsul, não satisfeito, quis saber: "O QUE É A VERDADE ?". Jorge respondeu: "A verdade é meu Senhor Jesus Cristo, a quem vós perseguis, e eu sou servo de meu redentor Jesus Cristo, e nele confiado me pus no meio de vós para dar testemunho da verdade."

Como São Jorge mantinha-se fiel a Jesus, o Imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar os ídolos.

Jorge sempre respondia: "Não, imperador ! Eu sou servo de um Deus vivo ! Somente a Ele eu temerei e adorarei". E Deus, verdadeiramente, honrou a fé de seu servo Jorge, de modo que  muitas pessoas passaram a crer e confiar em Jesus por intermédio da pregação daquele jovem soldado romano. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito em seu plano macabro, mandou degolar o jovem e fiel servo de Jesus no dia 23 de abril de 303.

A devoção a São Jorge rapidamente tornou-se popular. Seu culto se espalhou pelo Oriente e, por ocasião das Cruzadas, teve grande penetração no Ocidente.Verdadeiro guerreiro da fé, São Jorge venceu contra Satanás terríveis batalhas, por isso sua imagem mais conhecida é dele montado num cavalo branco, vencendo um grande dragão.

Com seu testemunho, este grande santo nos convida a seguirmos Jesus sem renunciar o bom combate.



                                                          Salve Ogum...


                                             Salve São Jorge da Capadócia !


                                      Pai Josimar da Capadócia

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

BATUQUE DO RIO GRANDE DO SUL - CONHEÇA A NAÇÃO DO SUL DO BRASIL




                  O BATUQUE NO RIO GRANDE DO SUL

Quando falamos da Diversidade Cultural Religiosa Brasileira, tenho certeza que muitos dos irmão não conhecem as diferenças da Nação praticada no RS para o candonblé praticado no centro, norte e nordeste do Brasil, por isso resolvi publicar essa matéria e poder colaborar com os Irmãos para um melhor entendimento sobre o nosso Culto Africanista aqui no Rio grande do Sul...

O Batuque ou simplesmente Nação, é uma religião afro-brasileira, ou quem sabe afro-gaúcha, pois está presente principalmente neste estado e em lugares vizinhos a ele (como Santa Cataria, e outros países como Uruguai e Argentina). O Batuque tem seu culto voltado aos Orixás e é fruto de religiões dos povos da Costa da Guiné e da Nigéria, com as nações Jeje, Ijexá, Oyó, Cabinda e Nagô (e as chamadas “mistas” como Jeje-Ijexá, Jeje-Nagô, Nagô-Ijexá, etc). Apesar de diversas nações o culto do Batuque é praticamente homogeneo em todas as casas predominando a cultura Ijexá que cultua doze orixás (Bará, Ogum Oyá, Xangô, Odé e Otin, Ossanha, Obá, Xapanã, Oxun, Yemanjá e Oxalá), além dos Ibejis.

A Nação Oyó se caracterizava principalmente pela ordem das rezas: primeiro tocava-se para todos os Orixás masculinos, depois para os femininos, e finalizava-se com Oyá, Xangô e Oxalá (Oyá e Xangô no final, representando o Rei e a Rainha de Oyó)e dizem também que ao final da cerimônia, os orixás carregavam a cabeça dos animais a eles sacrificados, já em estado de decomposição, na boca.

A Nação Cabinda embora de origem bantu não cultua nkisis (muitos desconhecem esta palavra), mas sim Orixás, os mesmos de Ijexá, com acréscimo de algumas qualidades de Bará (Bará Legba) e Oyá (Oyá Dirã, Oyá Timboá) e o culto aos Eguns é muito forte nesta nação, tendo toda a casa de Cabinda o assentamento de Igbalé (casa dos mortos). Nesta nação os filhos de Oxun, Yemanjá e Oxalá podem entrar e sair dos cemitérios quando bem quizerem, sem que sua obrigação ou feitura seja prejudicada, diferentemente das demais nações, onde os filhos destes orixás só podem entrar em cemitérios quando for algo extremamente importante.

A Nação Jeje, assim como a Cabinda, adotou o panteão Yoruba dos orixás, que são os mesmos de Ijexá, sendo muito comum as casas de Jeje-Ijexá. Muitos sacerdotes da Nação Jeje do Batuque desconhecem a palavra Vodun, embora se tenha relatos de culto a algumas destas divindades antigamente. Os descentendes de Pai Joãozinho do Bará (Esú By) são os que mantém firme as tradições desta nação, como o uso de agdavís em seus rituais (chamado “Jeje de pauzinhos”), o assentamento de Ogun semelhante ao do Vodun Gun no Daomé, e existência de pessoas iniciadas para Dan e Sogbo. As cerimônias se iniciam com a parte Jeje (com cânticos no dialeto fongbe) e a dança em pares (simbolizando o par da criação Mawu-Lisa) e o toque com as “varinhas” e depois a parte Yorubá com as rezas tradicionais do Batuque.

A Nação Nagô é muito parecida com o candomblé tanto nas cerimônias como nas características dos Orixás. Nesta nação usa-se sacrificar os animais deitados e não suspensos como nas demais. Está quase extinta.

Orixás do Batuque

Os Orixás cultuados no Batuque são doze: Bará, Ogun, Oyá, Xangô, Odé, Otin, Ossanha, Obá, Xapanã, Oxun, Yemanjá e Oxalá. O culto aos Ibejis varia de acordo com a nação, sendo que em algumas (como na Cabinda) são associados e considerados como qualidades de Xangô (Xangô Aganju di Ibeji) e Oxun (Oxun Ipandá di Ibeji). Alguns orixás se dividem em qualidades, chamadas de “classes de orixá” no Batuque e depois é revelado somente ao filho e ao sacerdote o “sobrenome do orixá” que seria como o orukó/digina do candomblé. No Batuque acredita-se que a pessoa não deve ficar sabendo que foi possuida (“ocupada” é o termo do Batuque) pelo seu orixá, sob pena de ficar louco. Mas alguns dizem que não pode é ficar comentando sobre o que o orixá fez ou deixou de fazer, não se comenta sobre a incorporação. Os orixás do Batuque

Bará

É o primeiro a ser saudado em todas as ocasiões, e também é chamado de Exu. É o orixá que representa a comunicação entre os homens e as divindades e é aquele que abre os caminhos. Trás a chave nas mãos, simbolizando o “guardião de todas as portas” e é responsável pelo bom andamento dos negócios e tudo que se relaciona a dinheiro. Suas oferendas são basicamente constituidas com milho torrado, azeite de dendê e opetés de batata inglesa. A cor é o vermelho. Se divide nas classes:

BARÁ LEGBA ou ELEGBA: é sincretizado ao demônio e usa o tom escuro de vermelho, assentado fora dos templos e é responsavel pela comunicação entre os mundos. Segundo a tradição é daomeano, mas é cultuado somente na Nação Cabinda (?).

BARÁ LODÊ: assentado fora do terreiro, é responsável pela segurança do mesmo. É o orixá que mantém a estrutura do templo; sua sustentação depende do Bará ou Exu Lodê.

BARÁ ADAGUE: assentado dentro do terreiro e recebe suas oferendas na encruzilhada. É o mais chamado, pois faz a frente dos orixás Ogun, Oyá, Xangô, Odé, Otin, Ossanha, Obá e Xapanã.

BARÁ AGELU: é o Bará que faz frente para os orixás das aguas como Oxun, Yemanjá e Oxalá. Em suas oferendas usa-se, além do azeite de dendê, o mel.

BARÁ LANÃ: tem as mesmas atribuições do Bará Adague.

Saudação: Alúpo ou Lalúpo

Dia da Semana: Segunda-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Vermelho

Guia: Corrente de aço (para alguns), vermelho escuro (Legba), vermelha

Oferenda: Pipoca, Milho torrado, 07 batatas inglesas assadas e azeite de dendê

Ogun

Orixá da guerra, do ferro, da metalurgia. Tem praticamente as mesmas caracteristicas que a ele se aplicam no candomblé. Sua cor é o verde e vermelho, mas pode-se usar o azul escuro. Ogun Avagã tem seu assentamento do lado de fora e tem a mesma função de defender e equilibrar a casa, assim como Bará Lodê, e usa cores no tom escuro. Dizem que ele é um Vodum, conhecido como Gún Awagàn. Temos também Ogun Onira (ou Onire) e Ogun Adiolá (que vive junto aos orixás da água, Oxun e Yemanjá). A saudação do Ogun é Ogunhê.

Saudação: Ogunhê

Dia da Semana: Segunda-feira para Ogum Avagã

Quinta-feira para os demais

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Vermelho e Verde

Guia: Vermelho e Verde escuros

Oyá

É a divindade dos ventos e das tempestades, uma das esposas de Xangô.   Rainha dos raios, ventos e tempestades, Oyá é um Orixá feminino, enérgico, sensual e autoritário. Na mitologia dos Orixás, Oyá primeiramente foi casa com Ogum, traindo-o mais tarde com Xangô, não abandonando as relações com seu primeiro casamento. Em outra passagem mitológica, Oyá é presenteada por Xapanã, que a concede o poder sobre os eguns – espíritos, tornando-se conhecida também por a Rainha dos Eguns.

Saudação: Epaiêio

Dia da Semana: Terça-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Vermelho e Branco

Guia: 01 conta vermelha, 05 contas brancas, 01 conta vermelha

Oyá Timboá (Cabinda) é tida como “a mais quieta” que sabe fazer as coisas. Oyá Dirã (igualmente Cabinda) é a dona dos Eguns.

Xangô

O Orixá do fogo e do trovão, Senhor da Justiça, considerado um Orixá vaidoso, que gosta de festas e comemorações. Sua sensualidade atrai as mulheres de modo geral, na Mitologia dos Orixás, Xangô é casado com três mulheres: Oyá, Obá e Oxun. Tem as classes Aganju e Agodô.

Este Orixá é sempre lembrado, pelos fiéis do Batuque, em casos de difícil resolução e justiça, já que suas atitudes são sábias e rígidas.

Saudação: Caô Cabecile

Dia da Semana: Terça-feira

Número: 06 e seus múltiplos

Cor: Vermelho e Branco

Guia: 01 conta vermelha, 01 conta branca, 01 conta vermelha

Odé e Otin

No Batuque, estes dois Orixás são cultuados juntos. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens. Os filhos de Otin são quase inexistentes, pois na Mitologia, Otin não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para Odé. Com o passar dos tempos já se nota a existência de filhos de Otin, caso raro e absurdo para muitos Pais-de-Santo. Não se sacrifica para um sem dar para o outro, os animais são os mesmos, mudando apenas o sexo.

Saudação: Oquebambo

Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé, para outros Segunda-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Azul forte e branco para Odé e Azul forte e rosa para Otin

Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul, para Odé  e 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa, para Otin.

Ossanha

A este Orixá pertence todas as folhas medicinais e ervas utilizadas nos rituais de Nação, por este motivo, temos um Orixá muito respeitado e cultuado em todos as Casas de Religião, podemos dizer que Ossanha possui a solução para todos os problemas relacionados a cura de enfermos, tanto material quanto espiritual.  Este Orixá não possui uma das pernas, caminha com auxílio de muletas, quando se manifesta em algum filho, este dança normalmente em apenas em uma de suas pernas.

Saudação: Ewe o

Dia da Semana: Segunda-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Verde Claro e amarelo.

Guia: 01 conta verde e 01 conta branca alguns usam verde e amarelo.

Obá

Todas as máquinas, carros e navios estão relacionados com Obá, pois a ela pertencem a roda e o leme. Tem as mesma lenda do candomblé.

Saudação: Exó

Dia da Semana: Segunda-feira ou Quarta-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Rosa

Guia: toda rosa

Xapanã

Sua Mãe, Nanã Burucun, abandonou-o na praia quando pequeno por suas feridas em grande quantidade. Xapanã foi recolhido as profundezas do oceano, cuidado e criado por Iemanjá, que fez para ele uma roupa de palha-da-costa, cobrindo-o da cabeça aos pés. Ficou forte e saudável, porém as cicatrizes nunca desapareceram. Normalmente os filhos deste Orixá são marcados pelo corpo, com pequenas feridas, espinhas, manchas e secreções que assim como aparecem, desaparecem, ficando neste processo pelo resto da vida. Tem as qualidades Jubeiteí, Belujá e Sapatá (este último vem do nome do vodun Sakpata)

Saudação: Abáo!

Dia da Semana: Quarta-feira

Número: 07 e seus múltiplos

Cor: Vermelho e Preto  e para Sapatá roxo.

Guia: 01 conta vermelha, 01 conta preta, 01 conta vermelha e para sapatá roxa.

Oxun

Senhora soberana das águas doces. Todos os rios, lagos, lagoas e cachoeiras pertencem a este Orixá. O casamento, o ventre e a fecundidade e as crianças são de Oxun, assim como, talvez por consequência, a felicidade. O ouro e o dinheiro em todas as suas espécies também são de Oxun. Pela hierarquia é o primeiro Orixá doce seguida de Iemanjá e Oxalá, formando assim o grupo de Orixás chamado de Cabeças Grande. Tem as qualidades Oxun Ipondá ou Pandá (jovem e muito bonita, esposa de Xangô), Oxun Ademun (misteriosa, representa o fundo dos rios), Oxun Adocô ou Docô (cuida das crianças e faz frente com Oxalá) e Oxun Olobá (muito antiga).

Saudação: Iê iêu!

Dia da Semana: Sábado

Número: 08 e seus múltiplos

Cor: Todos os tons de amarelo, a escolha do tom depende da característica da Mãe

Guia: toda amarela de um mesmo tom, o tom varia com a característica da Mãe

Yemanjá

Com certeza não existiria outro elemento da natureza para representar e ser o habitat deste Orixá, como o mar. O mar é lindo, fascinante e belo, porém na maioria das vezes severo e perigoso quando não respeitado ou usufruído da maneira correta, características diretamente relacionadas com a Grande Mãe. Nanã Borocun que no candomblé é um orixá a parte, no Batuque é uma qualidade mais velha e antiga de Yemanjá. Tem também as qualidades de Boci e Bomi.

Saudação: Omi odô! alguns usam Omi Odo Iyá!

Dia da Semana: Sexta-feira

Número: 08 e seus múltiplos

Cor: azul claro, azul forte ou incolor, dependendo da característica da Mãe. Para Nanã Borocun usa-se o lilás.

Guia: toda da mesma cor, o tom do azul ou se for incolor varia com a característica da Mãe e para Nanã o lilás.

Oxalá

Pai de todos os Orixá e mortais, Oxalá é o maior e mais respeitado Orixá nas Nações africanas, a paz e a harmonia espiritual são as características deste que é o Criador e Administrador do Universo. Quando moço, se manifesta em seu Cavalo-de-Santo dançando como os outros Orixás, quando se apresenta em suas passagens velhas, chega se arrastando caminhando com dificuldade, muitas vezes fica parado no lugar esperando o auxílio de algum Orixá moço. Pertence a Oxalá de Orumiláia (que no Batuque é qualidade de Oxalá e seria Orumilá no candomblé) a visão espiritual, como consequência o jogo de Búzios. Existem qualidades como Oxalá Olocun (ligado a Yemanjá e as águas), Oxalá Jobocun e Oxalá Dacun.

Saudação: Epaô Baba!

Dia da Semana: Domingo

Número: 08 e seus múltiplos

Cor: Branco e Branco com preto para Oxalá de Orumiláia

Guia: toda branca ou 01 branca, 01 preta, 01 branca para Oxalá de Orumilá.

A ordem de saudação destes orixás é: Bará (legba, lode, adague, lanã, agelu), Ogun (avagã, onira, olobedé, adiolá), Oyá (oyá timboá, oyá dirã), Xangô (aganju, agodô), Odé e Otin, Obá, Ossanha, Xapanã (jubetei, belujá, sapatá), Oxun (pandá, ademun, doco, olobá), Yemanjá (boci, bomi, nanã-borocun) e Oxalá (olocun, obocun, dacun, jobocun e Oromiláia).

Rituais de Aprontamento

Bori de Aves

Para alguns, a principal obrigação do Batuque. Nesta obrigação, após jogada e confirmada nos Búzios a cabeça e passagens (corpo, pernas, etc) do filho será sacrificado sobre sua cabeça a ave(galo ou galinha e pombo ou pomba) específica de seu Orixá, no seu corpo outra ave correspondendo ao Orixá que cuidará desta passagem. Nesta obrigação o filho-de-santo estreita sua relação com o Orixá, concebendo também uma forte raiz dentro da Nação Batuqueira, tendo em um pote (estilo bomboniere), denominado de Bori, uma moeda, búzios e mel a representação de sua cabeça ligada ao seu Orixá, tornando-se assim um filho da Religião.

Bori de Quatro-pés

Seria uma graduação e maior estreitamento com seu Orixá dentro da Religião, nesta obrigação além das aves, serão sacrificados no Bori também os animais de quatro patas (cabritos, ovelhas, etc) referente a cada Orixá.

Assentamento da Vasilha sobre Acutá ou Alcutá

Assim como a Umbanda tem sua força representada nos vegetais a Nação além disto apresenta a forma mineral para representar seus Orixás. Os acutás, (cada Orixá possui seu modelo e tipo) são pedras colocadas em uma vasilha de barro com as ferramentas de cada Orixá, onde, após o sacrifício de seus animais de pena e quatro patas, será a sua representação.

Aprontamento de Ofá (Búzios) e Obé (faca)

Nesta graduação o filho-de-santo se prepara para em futuro próximo ser um Pai-de-Santo. Consiste em assentar na vasilha todos Orixás de Bará até Oxalá, o filho então além de ter sua “cabeça” e suas passagens, passa agora a ter todos os Orixás com nome e sobrenome, sento em vasilhas representados em seus acutás e ferramentas. O futuro “pronto” preparará também neste ritual, sua faca, que futuramente usará em sacrifícios para seus futuros filhos e seus búzios, ferramenta esta que usará para guiar a sua vida e dos seus, quando tiver montada sua Casa de Religião.

Alguns mencionam ainda o Mieró como primeira obrigação, feito somente com ervas, e o Aribibó que antecede o Bori de Aves e é feito somente com pombos. (Ritual de Cabinda).

A Festa do Batuque

Após as obrigações cumpridas e encerrada a Levantação (nome dado ao término das obrigações pois como diz a palavra, será levantado todas as frentes que ficaram em um determinado tempo dentro do Quarto-de-Santo), será tocada a Festa, o Batuque.

Normalmente como em uma festa social, muitos convites foram distribuídos para outras Casas de Religião, fiéis e até mesmo curiosos.

O Pai ou Mãe-de-Santo, ajoelhado em frente ao Quarto-de-Santo (lugar onde fica os assentamentos dos orixás), juntamente com todos seus filhos e demais convidados de Religião, tocando a sineta, faz a chamada de todos os Orixás de Bará a Oxalá com suas saudações específicas, pedindo a cada Orixá as coisas que a eles competem. Terminada a chamada, o Pai-de-Santo autoriza o tamboreiro a começar o toque, que correrá em ordem de Bará a Oxalá. Todos que estão na roda dançam com as características de cada Orixá ao qual está sendo tocada a reza, como por exemplo na reza do Bará, todos dançam como se abrindo portas com uma chave em punho na mão direita, já que este Orixá é o dono da chave e abertura dos caminhos, na Reza do Ogum, os fiéis dançam com a mão direita como uma espada tocando a mão esquerda.

Dentro da Festa existem rituais específicos que chamados  de “Axé”, como por exemplo:

Axé da Balança:

Se a Obrigação que originou a Festa teve o corte de quatro-pés, deverá ser realizada dentro das Rezas para Xangô a Obrigação da Balança. Neste ritual o tamboreiro para o toque, para que o Chefe da Casa organize a roda, neste momento normalmente o salão esvazia, pois acredita-se ser um ritual muito perigoso, pois, todos dançaram de mãos dadas, todos de frente para o centro da roda, onde calmamente será tocado pelo tamboreiro a Reza específica para este Axé (alujá) e todos começarão um movimento de abrir e fechar esta roda, acompanhando o toque do tambor que irá acelerando gradativamente e com as mão bem seguras pois se arrebentar a Balança, deverá ser pedido misericórdia para Xangô para que nenhum filho venha a morrer. Neste momento até acabar o toque, se manifesta um grande número de Orixás e todos deverão se manter de mãos dadas até que o tamboreiro encerre a Reza. Somente participa da Balança filhos ou convidados que já possuam a Obrigação de quatro-pé.

Existem ainda outros Axés como por exemplo: Axé do Atã, Axé do Ecó e etc.

Após o Axé do Ecó, que será realizado após as Rezas de Xapanã, onde foi limpado e retirado da Casa todas as impurezas e vibrações negativas, começa o toque para os Orixás Velhos ou Doces, toca-se para Oxum, Iemanjá e Oxalá, terminando assim a Festa.

Normalmente o Batuque começa a meia-noite e estende-se até as seis ou sete horas da manhã, isto também é uma influência dos escravos, já que os negros na época da escravatura podiam fazer seus rituais somente após terminados seus trabalhos para os seus Senhores, ou esperar com que eles fossem dormir.

Axé do Ecó

O Ecó é uma mistura de certos ingredientes oferecidos aos orixás para servirem como imãs de energias negativas. São oferecidos ecós para os orixás Bará, Ogun, Oyá, Xangô, Oxun, Yemanjá e Oxalá.

Não é costume o uso de paramentas no Batuque (embora alguns usem e às vezes até estrapolam), somente saias rodadas e coloridas, guias (colares) e mais algum apetrecho, semelhante ao Tambor de Mina no Maranhão.

Algumas casas tem “misturas” de candomblé como o uso de pipocas nas rezas de Xapanã, ou profa de fogo com Xangô, mas os mais velhos dizem que isso é errado.


                                                                                  Abraços Fraternos


                                                                 Pai Josimar da Capadócia - Babalorixá

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

QUANDO "ACABA" UM TERREIRO DE UMBANDA .





Quando Acaba Um Terreiro de Umbanda.

Um terreiro de Umbanda acaba quando a vaidade é maior que a caridade;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a fofoca e a intriga são maiores que o estudo e a disciplina;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a maledicência fala mais alto que a beneficência;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a atração sexual fala mais alto que a união fraternal;

Um terreiro de Umbanda acaba quando a higiene física, astral e mental não são rigorosamente observadas;

Um terreiro de Umbanda acaba quando falsos médiuns são admitidos pelo dirigente na corrente apenas com o intuito de aumentar a arrecadação financeira da casa;

Um terreiro de Umbanda acaba quando as “festas” e “homenagens” são mais importantes e concorridas que as “giras de atendimento” e “reuniões de estudo”;

Um terreiro de Umbanda acaba quando as “guias” (colares) são mais importantes que os “Guias” (mentores);

Um terreiro de Umbanda acaba quando os “pontos” são cantados sem emoção e quando os “pontos” são riscados sem noção;

Um terreiro de Umbanda acaba não porque os Guias se afastam dos médiuns, mas porque os médiuns é que se afastam dos Guias;

Um terreiro de Umbanda acaba quando se cobra o que NÃO DEVE SER COBRADO;

Um terreiro de Umbanda acaba quando NÃO SE COBRA o que deve ser cobrado; 

Um terreiro de Umbanda acaba quando a “mágica” substitui a verdadeira Magia; 

Um terreiro de Umbanda acaba quando o “visível” é mais importante que o invisível;
Um terreiro de Umbanda acaba quando falta a ética, o bom-senso e o respeito; Um terreiro de Umbanda acaba quando acaba a Fé, o Amor e a Verdade.

Exu de Marabô !

Abraços  Fraternos


Pai Josimar da Capadócia

ERVAS... Saiba de quem ...

Umbanda


Caso os Amigos precisem manipular as ervas... Saibam á quem pertence :


Ervas das 7 linhas de Orixá s


OXALÁ
Levante Erva Cidreira. Alecrim, Hortelã, Boldo, algodoeiro, colônia, girassol, funcho, malva cheirosa
YEMANJÁ
Unha de vaca ,fls de Lágrimas de Nossa Senhora, Mastruço, Chapéu de couro, Jasmim, anis, erva de Santa Luzia, pata de vaca, hortelã, alfazema, lavanda
FALANGE DAS CRIANÇAS
Amoreira, Alfazema, groselheira, hortelã, rosa branca, alecrim, laranjeira, manjericão, sálvia
OXUM 
alfavaca, arnica, calêndula, camomila, erva cidreira, ipê amarelo, gengibre, rosa branca e amarela
OXOSSI
carapiá , contra erva, salgueiro chorão, jurema, eucalipto,alecrim do campo, guiné caboclo, samambaia, pariparoba, alfavaca
YANSÃ
amor agarradinho, bambu, dormideira, romã, espada de Iansã, louro, manjericão, pitangueira, alfazema
XANGO
Café (Folhas), Mangueira (Folhas), Erva de São João,alfavaca roxa,flamboyant, manjerona, hortelã, levante, cipó mil-homens, mentrasto, nega mina
OGUM
Flecha de Ogum, Erva de Bicho (Folha de Jurupitã), vence tudo, abre caminho, aroeira, pinhão roxo, carqueja, pata de vaca, agrião, losna, jatobá, espada de São Jorge
PRETOS VELHOS
Guiné, Eucalipto, Arruda, manjerona, pinhão roxo
EXU
Mamona, carqueja, picão preto, unha de gato, arruda, comigo ninguém pode, beladona, cactus, cana de açúcar, mangueira, pimenta da costa, urtiga, pinhão roxo, chorão
OMULU OU OBALUAIÊ
alfavaca roxa, agapanto lilás, babosa, fruta de pomba, mostarda, mamona, gervão, velame, canela de velho
NANÃ
alfavaca, assa peixe, erva cidreira, cipreste, avenca, manacá, quaresmeira, pinhão roxo, crisântemos roxos, oriri

Abraços  Fraternais


Pai Josimar da Capadócia

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

GLORAI, GLORIA OXOSSI... GLORIA, GLORIA SÃO SEBASTIÃO.... OKÊ ARÔ !






                                      ORAÇÃO Á OXOSSI



Senhor das matas e da vida silvestre, neste momento, Pai, sou sua flecha.
Sou a força do seu arco, sou tudo o que é, a agilidade e a sabedoria. Faça de mim soberano caçador, uma pessoa de sucesso, e que haja fartura em minha casa.
Dê a mim sabedoria para agir, paz para construir meus ideais, força para seguir sempre.
Oxossi, rei das matas, da lua, do céu azul, que eu seja leve como o pássaro que voa, livre como o cavalo que corre, forte como o carvalho na mata, direto como a sua flecha.
E que eu vença meu Pai e seja feliz sempre !!

                                                                   Que assim Seja


Homenagem da Fraternidade Espiritualista Cristã Jorge da Capadócia á Oxossi Rei das Matas .

                                                                      OKÊ  ARÔ ...


                                                         PAI JOSIMAR DA CAPADÓCIA